Homens compram carnes e pagam com cheques clonados
A proprietária da Casa de Carnes Tangará Kátia Berta denunciou esta semana a aplicação do golpe do cheque clonado em Tangará da Serra. Ela teve um prejuízo de 330 reais em mercadorias adquiridas pelo golpista que se apresentou como “Antônio Marques”, morador de Tangará da Serra. Como o cheque era da praça e não possuía restrições, foi aceito pelo caixa da empresa e depois foi usado para o pagamento de fornecedores, quando o golpe foi descoberto.
“O cheque foi devolvido com a indicação alínea 35. A gente não sabia o que era e acreditamos que se tratava de rasura, mas fomos ao banco e descobrimos que essa anotação significa suspeita de fraude”, conta a comerciante que diz ter conhecimento de pelo menos outros três empresários que também receberam cheques do mesmo golpista. Numa das empresas o golpe foi de R$ 800 reais.
Uma das características que torna difícil a identificação antecipada do cheque clonado é que numa consulta ele é aprovado. Isso decorre do fato de que os golpistas clonam cheques de pessoas idôneas, trocando apenas alguns dados como o órgão expeditor da identidade do cliente clonado e a agência.
O cheque clonado que foi repassado no comércio tangaraense dizia que a conta era da agência era de Tangará da Serra, quando era uma conta de uma agência da cidade de Itararé, no Paraná. Eles fazem isso para dar ao cheque características que o tornam mais aceitável por parte dos comerciantes.
Kátia contou que para evitar novos golpes a empresa passou a cadastrar seus clientes que pagam em cheques, e só aceitar os cadastrados. “Ocupa o tempo dos clientes, o nosso também, mas infelizmente os bons pagam pelos maus. Porque hoje em dia só a consulta é insuficiente para garantir que o cheque é bom”, lamenta ela ao relatar que se a consulta indicasse a praça da conta a aplicação do golpe poderia ser evitada.
Fonte: 24horasNews