Em dezembro crédito sobe 2,3% e supera R$ 2 tri
O estoque de crédito no Brasil cresceu 2,3% dezembro, frente ao mês anterior, atingindo R$ 2,03 trilhões, segundo o Banco Central (BC).
O volume representa 49,1% do Produto Interno Bruto (PIB), frente a 48,2% no mês anterior e 45,2% no final do ano passado.
O crédito direcionado, que inclui os financiamentos habitacionais subsidiados e a carteira de crédito do Banco Nacional para o Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) teve expansão acima da média, ao avançar 2,9% no mês.
As operações contratadas com o BNDES cresceram 6% no mês, atingindo saldo de R$ 215,3 bilhões.
Por sua vez, os créditos com recursos livres tiveram expansão de 1,9% no mês, somando R$ 1,3 bilhão.
No ano, o estoque de crédito teve acréscimo de 18,9%, com destaque para os financiamentos habitacionais, que cresceram 44,5%.
Novos empréstimos
Segundo o BC, o crédito às famílias em dezembro foi influenciado pela maior renda devido ao décimo terceiro salário. No total, os novos empréstimos para pessoa física caíram 0,9%.
Assim, a contratação de empréstimos no cheque especial caiu 2,2% frente ao mês anterior, e os novos empréstimos no crédito pessoal caíram 9%.
O saldo no crédito rotativo do cartão de crédito desceu 2,1% no mês, enquanto o estoque de crédito no cheque especial caiu 9,9%.
Por sua vez, a contratação de crédito novo para compra de imóveis avançou 18,5% em dezembro, frente ao mês anterior.
Além disso, após a reversão das medidas macroprudenciais adotadas no final de 2010, o financiamento de veículos voltou a crescer.
Em novembro, o Banco Central (BC) retirou a restrição a financiamentos para compra de veículos com prazo até 60 meses sem entrada. Em dezembro, os novos empréstimos para financiamento de veículos cresceram 4,4%.
Já para as empresas, as novas concessões para capital de giro avançaram 23,4%, enquanto os novos financiamentos para aquisição de bens cresceram 32%. No total, as novas concessões para empresas avançaram 9,6%.
A inadimplência ficou estável para as pessoas físicas, em 7,3%, e para as empresas o índice caiu 0,1 ponto percentual, para 3,9%.
Já a taxa média de juros recuou 1,4 ponto, para 37,1%.
Fonte: Brasileiro Econômico