Inadimplência no Brasil cai a 5,2%
A inadimplência no mercado de crédito brasileiro no segmento de recursos livres ficou em 5,2% em junho, menor em relação a maio, quando registrou 5,5%, informou nesta sexta-feira o Banco Central.
Segundo informou o Banco Central, os atrasos nos pagamentos acima de 90 dias atingiram o menor patamar desde julho de 2011 (5,1%) e interromperam dois meses de estabilidade. A queda de 0,3 ponto percentual no mês passado foi a maior desde o início da nova série histórica do BC, em março de 2011.
Levando em consideração os recursos totais no mercado de crédito brasileiro, incluindo também os recursos direcionados, a inadimplência também recuou em junho, a 3,4 por cento, ante 3,6 por cento em maio.
No período, o spread bancário foi a 16,7 pontos percentuais também neste segmento, abaixo dos 17,2 pontos percentuais vistos em maio.
O BC informou ainda que o estoque total de crédito no Brasil subiu 1,8% em junho ante maio, chegando a R$ 2,532 trilhões, ou 55,2% do Produto Interno Bruto (PIB).
Na mesma pesquisa, o BC informou que os juros bancários médios dos empréstimos para pessoas físicas, com recursos livres (que excluem habitação, BNDES e crédito rural), começaram a subir em junho deste ano, quando avançaram 0,7 ponto percentual, para 34,9% ao ano.
Com esta alta, que veio após três meses consecutivos de queda, a taxa cobrada pelos bancos nas operações com as pessoas físicas atingiu o maior patamar em quatro meses, ou seja, desde fevereiro deste ano (35,1% ao ano), ainda de acordo com dados da autoridade monetária.
O aumento dos juros bancários ocorreu após o próprio Banco Central ter iniciado, em abril deste ano, um ciclo de alta dos juros básicos da economia, com o objetivo de tentar conter o crescimento da inflação. Desde então, os juros básicos subiram em três oportunidades, passando de 7,25% para 8,5% ao ano – uma elevação de 1,25 ponto percentual.
Fonte: Globo – G1