Juros mais altos para empréstimos devem ser anunciados hoje
O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central decide nesta quarta-feira (10) se a taxa básica de juros, a Selic, sofrerá um novo aumento. Atualmente a 8% ao ano, o juro básico é utilizado como referência para o custo dos empréstimos aos consumidores e empresas.
Se a decisão for para subir a taxa, que é o que o mercado espera e o governo sinaliza, bancos, lojas de crediário e financeiras devem ajustar os custos para a concessão de crédito.
Na última reunião, no final de maio, o colegiado decidiu subir a taxa em 0,5 ponto porcentual.
Com a inflação em alta, cada vez mais distante da meta de 4,5% ao ano, o governo deve subir novamente a taxa em, no mínimo, mais 0,25 ponto porcentual. Porém, o aumento pode ser maior.
Entenda a Selic
A taxa básica de juros é um instrumento do governo para segurar a oferta de crédito de bancos, financeiras e das próprias lojas, ou seja, para estimular ou frear o consumo e, assim, controlar o avanço natural dos preços.
Quando a Selic sobe, o dinheiro fica mais caro e a população pega menos empréstimos — para comprar desde casas, carros e eletrodomésticos até contratar serviços, entre outros. Assim, a escalada da inflação diminui.
Ela é chamada de taxa básica porque é a mais baixa da economia e funciona como um piso para a formação dos demais juros cobrados no mercado, que são influenciados também por outros fatores, como o risco de quem pegou o dinheiro emprestado não pagar a dívida.
Ela é usada nos empréstimos interbancários (entre bancos) e nas aplicações que os bancos fazem em títulos públicos federais. É a partir da Selic que as instituições financeiras definem também quanto vão pagar de juros nas aplicações dos seus clientes.
Fonte: Notícias R7