Para 2013 BNDES prevê alta de 31% nos desembolsos para energia e transporte
O valor deste e do próximo ano incluem financiamentos a concessões de aeroportos, mas os valores específicos para os projetos não foi divulgado
O BNDES projeta desembolsos no valor de R$ 24,5 bilhões para os projetos de energia e transporte –a chamada infraestrutura econômica– em 2012. A cifra é 31% superior aos R$ 18,7 bilhões financiados no ano passado.
Para 2013, a previsão é de liberação de R$ 31 bilhões para a área –o que representa expansão de 26% sobre a cifra estimada para este ano.
O valor deste e do próximo ano incluem financiamentos a concessões de aeroportos, mas os valores específicos para os projetos não foi divulgado.
O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, disse que esse ramo é o mais importante da infraestrutura, pois dá “suporte” ao crescimento da economia e gera eficiência –sobretudo os investimentos em portos, ferrovias e rodovias.
Segundo o BNDES, a meta é manter um ritmo de expansão de 25% nos desembolsos a esse ramo da infraestrutura no longo prazo –percentual próximo ao alcançado nos dois últimos anos.
Coutinho ressaltou, porém, que a previsão de liberações para 2012 inclui apenas os empréstimos diretos do banco a grandes projetos, sem considerar os financiamentos repassados por meios de bancos conveniados –em geral, de menor porte.
Também não representa, diz, outras vertentes da infraestrutura financiadas pelo banco, como transporte público, saneamento, empréstimos a Estados para projetos do setor e apoio a compra de máquinas e equipamentos para os setores de energia e transporte –caminhões, por exemplo, considerados como bens de investimento para o setor de infraestrutura.
Coutinho disse que, ao todo, a infraestrutura deve responder por cerca de 40% dos desembolsos do banco neste ano, com liberação na faixa de R$ 58 bilhões.
O executivo reafirmou a projeção do BNDES de emprestar entre R$ 145 bilhões e R$ 150 bilhões neste ano. O valor, diz, dependerá principalmente do êxito das medidas do governo de estímulo ao investimento, anunciadas no começo deste mês.
Dentre elas, está a redução de taxas e alongamento de prazos para alguns setores e linhas de crédito do banco, com foco especial naquelas que demandam inovação e alta tecnologia.
TJLP
Indagado se a queda da Selic para 9% ao ano obrigaria o governo a também reduzir a TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo, referência para os empréstimos do BNDES), Coutinho disse não há previsão de redução da taxa.
A ideia, diz, não está em discussão e é “saudável” a convergência entre as duas taxas. O executivo afirmou que a TJLP obedece a uma “racionalidade” de longo prazo, que leva em conta as estimativas de inflação e o risco-país.
Diante dessas premissas, afirmou, não há espaço para a queda da taxa, a menos que as expectativas para inflação recuem para 4% ou abaixo desse patamar. Hoje, a previsão do mercado financeiro aponta para um IPCA em torno de 5% em 2011.
Fonte: Midia News