Usina de Jirau espera financiamento adicional do BNDES
O investimento total estimado para a usina é de R$ 15,4 bilhões, segundo a atualização de junho de 2012
A usina hidrelétrica Jirau está prestes a receber um financiamento adicional do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES) que buscará cobrir custos da expansão da capacidade instalada já aprovada, além de custos complementares do projeto, informou o gerente de Relações com o Mercado da IPR GDF Suez, em apresentação a investidores.
“Estamos em discussões avançadas com o BNDES para uma linha de crédito adicional que brevemente será divulgada”, disse Elio Wolf em reunião da Apimec nesta sexta-feira.
A GDF Suez tem 50,1 por cento de participação na hidrelétrica de Jirau, que está sendo construída no Rio Madeira, com 3.750 MW, e tem previsão para entrar em operação em janeiro de 2013.
O representante da GDF Suez não quis falar em valores do financiamento adicional que está sendo discutido. Já o diretor financeiro da Tractebel, Eduardo Sattamini, disse que os valores que estão sendo mencionados podem chegar a um financiamento de 2,5 bilhões de reais adicionais.
A Tractebel é controlada pela GDF Suez e terá a participação da empresa francesa em Jirau no futuro. “A transferência de Jirau para a Tractebel vai levar um certo tempo, até pela complexidade do projeto e do processo”, disse Sattamini.
O executivo falou a jornalistas após a apresentação que a expectativa é que o processo de transferência da usina de Jirau possa ser iniciado ainda em 2012, mas ocorrerá ao longo do ano que vem e se finalizado antes do segundo semestre, “seria uma surpresa”.
Entre algumas questões que devem ser definidas antes da transferência do projeto, estão a aprovação do financiamento adicional, questões relacionadas à venda de créditos de carbono e a obtenção de licença de operação do projeto.
O investimento total estimado para a usina de Jirau é de 15,4 bilhões de reais, segundo a atualização de junho de 2012, sendo que a hidrelétrica já conta com um financiamento de 7,2 bilhões de reais.
Da energia da usina, 73 por cento já está contratada no mercado regulado e os 27 por cento restantes, que devem ser detinados ao mercado livre, ainda não têm previsão de quando serão comercializados.
Fonte: Exame